Incêndio no Mercado Público de Porto Alegre foi causado por curto-circuito

Os peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) confirmaram nesta segunda-feira que um curto-circuito de grandes proporções causou o incêndio no Mercado Público de Porto Alegre, no último sábado.

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Segundo o perito criminal Rodrigo Ebert, o problema ocorreu em cima da fritadeira da banca 46, o restaurante Atlântico. Este curto-circuito incendiou os fios que percorrem canos localizados junto à parede e que vão até um transformador situado no andar térreo. Este primeiro fenômeno, chamado arco voltaico, ocasionou outros curtos que deram origem ao fogo.

A Polícia Civil ainda não sabe o que causou o curto. Uma das hipóteses é um problema nos disjuntores. O resultado completo da perícia deve sair em 30 dias.

O fogo se espalhou com rapidez porque as divisórias eram de madeira seca, e só não consumiu todo o prédio porque o telhado das bancas é de um material antichamas.

Incêndio Mercado Público

O início das chamas

Donos do restaurante vegetariano Telúrico, Márcia Mascarello e Ramiro Lopez estavam bem no meio da face do Mercado Público voltado para a Avenida Júlio de Castilhos, no segundo andar.

Em depoimento a Zero Hora e à 17ª delegacia de Polícia Civil, que investiga o caso, os dois relatam que estavam pintando o estabelecimento, que estava com as portas fechadas, quando notaram uma língua de fogo que vinha do restaurante do lado, o Atlântico, e que se espalhava para o teto deles. Os dois tentaram arrombar o restaurante ao lado, que estava com as portas de madeira e vidro abaixadas. Não conseguiram. Então, trouxeram extintores de incêndio, mas não conseguiram apagar as chamas.

Na preocupação de salvar a filha de 10 anos que os acompanhava, desistiram. Os dois afirmaram à polícia que têm certeza que a causa do fogo não foi gás. Pelo ruído de estalos que ouviram, acreditam que deve ser um fio de luz que percorre todos os estabelecimentos.

Márcia e Lopez calculam que tiveram R$ 50 mil em prejuízo e que não tinham seguro para cobrir os estragos. O teto da cozinha do restaurante Telúrico era de PVC e o resto do local era de madeira.

O segundo andar teve oito estabelecimentos consumidos pelo incêndio: Casa de Pelotas, Telúrico, Atlântico, Mamma Julia, Marco Zero, Taberna 32, Sayuri e Beijo Frio. Além das lojas, o Memorial do Mercado Público, que guardava o acervo histórico e cultural do prédio histórico, acabou em ruínas.

Fonte: Zero Hora – Humberto Trezzi

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